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70 anos atrás.
Os ventos do inverno traziam agouros que nem mesmo os Stark podiam suprimir. O seu lema não mais era necessário, pois o inverno chegara.  Os lobos além da Muralha não uivavam, pois não havia mais remanescentes; a Longa Noite os pegara com sua mão decrepita e gelada, formando um exército tenebroso que gladiou contra a muralha, encontrando ali o poderio de Jon Snow enfraquecido.
Questão de tempo até o prelúdio do que seria o inverno eterno. Contudo, Daenerys Targaeryen, a Nascida da Tormenta, planou no ar com seus dragões. Eram três no iniciar da peleja, apenas um no findar.
Viserion caíra primeiro.
O Rei da Noite o montou, transformando a fera em algo temível além do imaginado.
Fora irmão contra irmão. E a Quebradora de Correntes chorou quando seu segundo filho, Rhaegal, pereceu diante de Viserion.
Os homens, pequenos diante da batalha que ocorria nos céus, mantinham seu próprio conflito. Gigantes e mamutes contra Imaculados e Dothrakis. A terra tremia sob seus pés, a Muralha caindo lentamente a cada investida; até que com um último sopro, Drogon alçou voo e abocanhara Viserion, ambos criando uma espiral enquanto caiam, engalfinhados. O pouco que restara da Muralha de Brandon, desfez-se com o impacto das feras.
Gendry Baratheon e Jon Snow em terra, empunhando suas armas banhadas em aço valiriano, lutaram bravamente contra o Rei da Noite que foi decapitado por Jon.